FAÇA MAIS…

Faça mais do que existir. Viva.

 Faça mais do que escutar. Ouça.

 Faça mais do que concordar. Coopere.

Faça mais do que falar. Comunique-se.

 Faça mais do que crescer. Floresça.

 Faça mais do que gastar. Invista.

 Faça mais do que pensar. Crie.

Faça mais do que trabalhar. Distinga-se.

 Faça mais do que repartir. Dê.

Faça mais do que decidir. Diferencie.

Faça mais do que considerar. Comprometa-se.

 Faça mais do que perdoar. Esqueça.

 Faça mais do que ajudar. Sirva.

Faça mais do que coexistir. Reconcilie-se.

 Faça mais do que cantar. Adore.

 Faça mais do que pensar. Planeje.

 Faça mais do que sonhar. Realize.

Faça mais do que enxergar. Perceba.

 Faça mais do que ler. Aplique.

 Faça mais do que receber. Retribua.

 Faça mais do que escolher. Concentre-se.

 Faça mais do que desejar. Creia.

 Faça mais do que aconselhar. Ajude.

Faça mais do que dizer. Transmita.

 Faça mais do que encorajar. Inspire.

 Faça mais do que adicionar. Multiplique.

 Faça mais do que mudar. Aprimore.

 Faça mais do que alcançar. Estenda.

 Faça mais do que refletir. Ore.

Retirado do Livro Derrotando um inimigo chamado Mediocridade (John Mason )

As idéias do filósofo Thomas Kuhn nos mostrariam que a história da ciência apresentaria momentos de estabilidade teórica e momentos de revolução científica. Nessa primeira concepção, a pesquisa científica teria por base um determinado eixo, e os problemas e as soluções que emergissem estariam nele inseridos. Nesse contexto de normalidade, as teorias não seriam contraditórias em sua essência, mas reforçadas por hipóteses auxiliares, deixando as regras básicas do paradigma inalteradas, sem mudanças fundamentais que permitiria a prática de uma pesquisa detalhada, eficiente e cooperativa. Na outra concepção, a revolução científica constataria mudanças conceituais, de visão de mundo e a insatisfação com os modelos vigentes, a crise de paradigmas trazia uma nova concepção cientifica capaz de resolver os problemas e questionamentos, incorporando parcial ou totalmente conhecimentos da teoria. Desse modo, da Grécia Antiga aos dias atuais assistimos a momentos de normalidade e ruptura e deles participamos, esta dicotomia presente na oscilação da ciência nos levou a um conhecimento, aperfeiçoando ferramentas, processando produtos e criando tecnologias. O resultado dessas transformações repercutiu em todas as vertentes da vida social, entre as quais podemos destacar as seguintes: quantidade de trabalhadores envolvidos num processo de produção, número de horas trabalhadas para gerar determinados produtos, uso de matérias-primas como recurso estratégico, entre outros. A esses itens se contrapunham algumas incertezas que levariam às seguintes indagações: Como usar o conhecimento para gerar novos saberes que permitiriam ao homem acompanhar o grau de complexidade que envolveria a produção de bens materiais, ou mesmo de serviços na sociedade pós-industrial? Como contornar os desníveis socioeconômicos e culturais advindos da acessibilidade ou não e da disponibilidade ou não de informações diagnosticadas entre os países centrais? Responder a esses questionamentos implicaria discutir os matizes da chamada sociedade do conhecimento ou sociedade da informação, interminável lista de teorias cientificas permeada por descontinuidades, apontando diferentes maneiras de conhecer e construir os objetos científicos, de elaborar métodos e inventar tecnologias. Kuhn exprimiu como revoluções científicas e Bachelard, rupturas epistemológicas, não importavam a expressão, mas o reconhecimento de mudanças, sempre que o instituído não der conta de esclarecer os questionamentos colocados pelo ser humano. Marcondes (1994) considerou que esses períodos foram benéficos a humanidade dando-lhe chances de extrapolar seus limites, e que a extensão dessas transições seriam compreendidas e consolidadas posteriormente, pois, enquanto inseridos naquela fase, não conseguiríamos ter plena consciência de seus efeitos. Contudo, esse não é o cenário exibido ao chegarmos ao século XX, pois, mesmo envolvidos em fortes alterações no campo da ciência, o que ainda não nos permitia um afastamento histórico dos fatos, era possível termos plena consciência das modificações que estavam ocorrendo na organização da sociedade e seus efeitos, estabelecendo um diferencial em relação ao passado, que só percebia o sentido das mudanças quando a normalidade se instaurava.

          Num cenário pós- modernidade, a sociedade trouxera em seu bojo elementos como maquinas e ferramentas, trabalhadores especializados, produção em serie, tudo voltado para produção de bens materiais. A sociedade pós – industrial consolidou-se na experiência organizacional, no investimento em tecnologia de ponta, na geração de serviços e produção e transmissão da informação. Essas transformações ocorreram a partir da década de 50, que assistiu a mais uma significativa ruptura no campo da ciência, seria o início da chamada era pós-industrial, quando predominaram os esforços (científicos, tecnológicos e políticos) no sentido de informatizar a sociedade. A cotidianização da tecnologia informática nos impunha sérias reflexões (sobre questões éticas, deontológicas, jurídico – políticas, de soberania, culturais e político-sociais). Por outro lado, seu impacto sobre a ciência vinha se revelando considerável pois,deixava de ser vista como atividade ‘nobre’, ‘desinteressada’, sem finalidade preestabelecida para se fortalecer como um recurso gerador de riqueza, pois, descobriu-se que a fonte de todas as fontes chamava-se informação e que a ciência – assim como qualquer modalidade de conhecimento – nada mais seria do que certo modo de organizar, estocar e distribuir certas informações. Tal fato confirmaria  todas as expectativas de que os avanços da telemática trariam profundas alterações para a pesquisa e para a transmissão de conhecimentos, tornando-os a principal força de produção da sociedade, No advento do pós- industrialismo, ocorreu o reconhecimento e valorização do conhecimento e da informação na estrutura de poder, na desindustrialização do emprego e no modo de crescimento das nações ,o que  representou um acentuado deslocamento do “fazer’ para o ’saber ’originando aumento de produtividade do trabalho causado pela apropriação planejada e sistemática do conhecimento, aperfeiçoando ferramentas, processando produtos e criando tecnologias.O resultado dessas transformações repercutiu em todas as vertentes da vida social, dentre as quais poderíamos  destacar as seguintes: quantidade de trabalhadores envolvidos num processo de produção, número de horas trabalhadas para gerar determinados produtos, uso de matérias-primas como recurso estratégico, entre outros. Algumas incertezas  nos levaram  às seguintes indagações: Como usar o conhecimento para gerar novos saberes que permitiriam ao homem acompanhar o grau de complexidade que envolveria  a produção de bens materiais,ou mesmo de um serviço na sociedade pós-industrial? Como contornar os desníveis socioeconômicos e culturais advindos da acessibilidade ou não e da disponibilidade ou não de informações diagnosticadas entre os países centrais e periféricos? Esses questionamentos implicaria discutir os matizes da chamada sociedade do conhecimento ou sociedade da informação a discussão se dividiu em duas etapas sobre o que vem a ser a sociedade da informação, na primeira, destacou-se no século XVIII e por isso fora do espaço ( temporal da sociedade da informação) a organização e publicação da obra Enciclopèdie, de Diderot e D’Alembert, provavelmente foi  a mais relevante iniciativa para sistematizar a produção do saber da época e foi considerada por  Drucker apud Malin (1994) e Marcondes (1994) como um marco na tentativa de libertar o homem dos limites impostos pela ignorância e pelo não acesso ao saber. Esse empreendimento representava mesmo pertencente ao contexto do ’’Iluminismo’’, a conversão da  experiência em conhecimento, aprendizado em livro texto, e segredo em metodologia” na sociedade atual se assemelharia  à produção, geração e comercialização dos bancos e bases de dados. A segunda discussão contemplaria a problemática da segmentação da economia, que, nos estudos realizados por Clark, em 1940 apresentado em três setores: primário (envolvendo as atividades de extração); secundário (ligado às questões da manufatura); terciário (voltado para a produção e geração de serviços). Entretanto, a expansão econômica foi paulatinamente transferindo as atividades produtivas de um setor para outro, tornando o setor terciário “… inchado e com a aparência de uma caixa de ‘outros’, difícil de expressar. Esse inchaço, entretanto, destacou uma questão central da sociedade pós-industrial: o objeto de trabalho do homem passou ser a interação com outros homens e a natureza das ocupações e não mais somente com as máquinas ou com a natureza. Tais fatos nos permitiram chegar ao conceito de sociedade do conhecimento ou sociedade da informação, formulado em 1962, por Fritz Machlup, ao desenvolver estudos sobre a livre concorrência nos Estados Unidos, percebeu a emergência de um novo campo: o da produção do conhecimento, o saber ocuparia  o papel central, acompanhado de uma nova classe de trabalhadores  as  do conhecimento. No entanto, a aceitação dessa perspectiva encontraria resistência, pois a categoria “conhecimento” envolveria uma dose excessiva de subjetividade, que só passaria a ser desmistificada a partir dos estudos realizados por Porat 1976, em sua tese, retiraria dos setores primário, secundário e terciário da economia, todas as atividades de informação, propondo assim o setor quaternário, que englobaria em sua estrutura a produção, o processamento e a distribuição de mercadorias e serviços de informação, sejam eles mercantis ou não-mercantis. Assim, a informação passaria a ser considerada como recurso estratégico, de agregação de valores e como elemento de competição política e econômica entre os países. Buscando contrapor-se a essa temática, Targino (1995), discutiu a relação entre os processos sociais e as inovações tecnológicas, que impregnaram o setor quaternário da economia, afirmando  que a tendência seria uma  abordagem ingênua e pouco crítica  que predominaria  o tom de deslumbramento em relação às novas tecnologias, como se fossem por si só capazes de revolucionar a sociedade e produzir um inimaginável mundo novo, num discurso totalizante e determinista sem consistência. Para essas afirmativas, entendeu-se que as inovações tecnológicas seriam decisivas no processo de transformação sociocultural, mas necessário que a sociedade permitisse que tudo isso ocorresse, servindo de suporte para tais inovações. Enfim, o espaço quaternário, determinado pelas novas tecnologias, não seria algo que se superporia a condição humana, à cultura, à sociedade, à vida. Um outro ponto importante sobre a sociedade da informação estaria representado na dicotomia que traz seu objeto: a informação pode tanto ser fator de dominação quanto de emancipação. Os países centrais que, ao longo da história da humanidade, sempre lutaram pelo domínio de espaços territoriais, pelo acesso e exploração de matérias-primas e da força operária barata, agora competem também pelo domínio do conhecimento científico e tecnológico, representado aqui pela acumulação, processamento, armazenamento, acesso e disponibilização de informações por meio de redes de telecomunicações, quando o índice de uso da telemática passou a ser fator diferencial entre países desenvolvidos (centrais) e países em desenvolvimento (periféricos), incluindo o tipo de informação veiculada por essas redes. A revolução informacional seria incompleta, pois pouco alterou as relações de poder no âmbito da sociedade (formas de organização social e relações de propriedade). Apesar das transformações que provocaram nos meios de produção, continuando assim a beneficiar  os grupos privilegiados da sociedade, que controlariam os processos produtivos e que se apropriariam das inovações científico-tecnológicas para acumular maior poder na medida em que concentram os benefícios econômicos resultantes desse desenvolvimento. Buscamos discutir que papel as instituições cumprem, ou deveriam estar cumprindo da produção à socialização do conhecimento. A discussão passaria necessariamente, pelas bibliotecas, independentemente de denominações como sistemas de informação, recuperação ou unidades de informação, apesar da conscientização de que outras instituições, tais como arquivos, museus, universidades, escolas, entre outros, seriam também responsáveis pela transmissão e pelo provimento dos saberes produzidos no percurso da história da humanidade. O aumento do volume e do fluxo de informações, conjugado com a inabilidade de transformação desse conhecimento em um produto direcionado, tem trazido às unidades de informação sérios desafios, insatisfação e frustração dos usuários que não conseguem ter e, nos dias atuais, ver suas necessidades de informação, potenciais e/ou reais, atendidas. Seria inútil oferecer-lhes um produto e/ou serviço que, pelo design ou dimensão, não possa ser assimilado em sua plenitude. Precisariam deixar de transferir, de forma ampliada, acelerada ou até desordenada, para os recursos computacionais, os processos que tradicionalmente eram, ou ainda são, executados de forma manual. A máxima “entra lixo, sai lixo” é o que mais representa a aplicabilidade das novas tecnologias nas bibliotecas. Na busca de uma nova dimensão adequada ao perfil da sociedade da informação, a biblioteca e o bibliotecário deveriam conceber a informação como o conhecimento que foi organizado e tornado visível. Neste novo tipo de biblioteca, as linhas divisórias entre o bibliotecário, o pesquisador e o editor seriam flexíveis para capturar imediatamente a informação requisitada pelo usuário à exploração do conhecimento passa a ter primazia sobre o acesso; ’o acesso passa a ter primazia sobre a propriedade”

          Portanto, com base na premissa inicial de que a história da ciência se modificou configurando momentos de normalidade e de revolução científica, sendo esses representados pela busca de respostas às indagações acerca da sociedade, é possível inferir que o homem sempre procurou desenvolver sua capacidade física e cognitiva, por meio de tecnologias que, de uma forma ou de outra, medeiam seu relacionamento com a natureza. Segundo Tarapanoff 1996, talvez o ano 2000 a 2100, seja o advento de uma sociedade justa, mais equilibrada, uma nova acepção, mais humano, com maior qualidade de vida, além do desenvolvimento sustentado, entendido como a busca simultânea da eficiência econômica, justiça social e harmonia ecológica.”

 

Os fenômenos relacionados à Sociedade da Informação e do conhecimento não atingiram estabilidade em meio a um mundo de transformações. Nenhuma conclusão pode ser considerada definitiva a análise de uma era histórica exige distanciamento que só o passar do tempo traz, o registro da reflexão e discussão dos problemas e soluções na medida em que apareceram foram relevantes ao documentar todo o processo: de construção de uma nova sociedade da informação nos seus mais diversos aspectos, sejam eles sociais, culturais, econômicos, do direito, da produção, filosóficos ou ideológicos.

Publicado por: Solange Abreu | outubro 18, 2009

A sociedade da informção e seus desafios

A Sociedade da informação e seus desafios

 

          Atualmente, o debate público sobre desenvolvimento, seja em nível local ou global, nos aponta que o traço característico principal deste debate seria a “sociedade da informação”. Das propostas políticas oriundas dos países industrializados e das discussões acadêmicas, a expressão “sociedade da informação transformou-se rapidamente em jargão nos meios de comunicação, alcançando, de forma conceitualmente imprecisa, o universo vocabular dos cidadãos. Mas tem se procurado desfazer a teia de imprecisões verbais em relação às mudanças do mundo contemporâneo e, desta forma, vem acabando com mitos que impedem uma consciente participação nesse processo de mudança. Uma reflexão mais crítica nos permitiria compreender as transformações sociais e suas implicações, com base em raciocínios definidos, permitindo a integração de critérios sócio-culturais e éticos aos econômicos e políticos. Assim, colocando à disposição dos cidadãos caminhos para uma participação ativa na construção de seu futuro. Esse artigo, portanto, vem definir essa expressão, as preocupações e a direção que vem tomando o novo paradigma tecnológico da Informação. Apontando-nos os inúmeros desafios a serem enfrentados para que a nova sociedade venha superar as velhas e novas desigualdades.

          As realidades que os conceitos das ciências sociais procuram expressar referem-se ás transformações técnicas, organizacionais e administrativas, que têm como “fator-chave” não mais os insumos baratos de energia – como na sociedade industrial – mas os insumos baratos de informação propiciados pelos avanços tecnológicos na microeletrônica e telecomunicações. Esta sociedade pós- industrial, como prefere Castells, está ligada à expansão e reestruturação do capitalismo desde a década de 80 do século que termina. Essas novas tecnologias e a ênfase na flexibilidade têm permitido realizar com rapidez e eficiência os processos de desregulamentação, privatização e ruptura do modelo de contrato social entre capital e trabalho, característicos do capitalismo industrial. O novo paradigma em estágio avançado nos países industrializados constitui uma tendência dominante mesmo para economias menos industrializadas expressam a essência da presente transformação tecnológica em suas relações com a economia e a sociedade. Com características fundamentais essas tecnologias se desenvolveram para permitir ao homem atuar sobre a informação propriamente dita, ao contrário do passado quando o objetivo dominante era utilizar informação para agir sobre as tecnologias, criando implementos novos ou adaptando-os a novos usos, com a alta penetrabilidade a informação se tornou parte integrante de toda atividade humana, individual e coletiva. A flexibilidade favoreceu processos reversíveis, permitindo modificação por reorganização de componentes com a alta capacidade de reconfiguração e a crescente convergência de tecnologias como a microeletrônica, optoeletrônica, computadores e a biologia. O desenvolvimento tecnológico em diversas áreas do saber tornou-se interligadas e transformou-se em categorias segundo as quais pensamos todos os processos políticos. Os processos sociais e a transformação tecnológica resultaram de uma interação complexa entre fatores sociais pré-existentes, a criatividade e o espírito empreendedor, o grande progresso tecnológico que se deu no início dos anos 70, que foi de certa forma relacionada à cultura da liberdade, inovação individual e iniciativa empreendedora, oriunda da cultura dos campi norte-americanos da década de 60, inconscientemente a revolução da tecnologia da informação difundiu pela cultura mais significativa de nossas sociedades o espírito libertário dos movimentos. O determinismo e o evolucionismo distorceram a análise do complexo processo de mudança social e alimentaram uma atitude passiva, contemplativa, em relação a esse processo. O avanço tecnológico foi em grande parte o resultado da ação do Estado que esteve à frente de iniciativas que visavam ao desenvolvimento da “sociedade da informação” nas nações industrializadas e em muitas daquelas que ainda estavam longe de ter esgotado as potencialidades do paradigma industrial. Agudo Guevara, com uma visão experiente sobre a sociedade da informação, revelou como a reestruturação do capitalismo e a difusão das novas tecnologias lideradas pelo Estado interagira com as forças sociais locais e geraram um processo de transformação social. Houve consenso entre analistas que a realização do novo paradigma aconteceu em ritmo e atingiu níveis díspares nas várias sociedades. Já seria comum a distinção entre países e grupos sociais “ricos” e ”pobres” em informação, devido às desigualdades de renda e desenvolvimento industrial entre os povos e grupos da sociedade no mundo industrializado, a informatização de processos sociais ainda teria de incorporar alguns segmentos sociais e minorias excluídas, na grande maioria dos países em desenvolvimento, entre eles os latino-americanos.

          Com promessas o novo paradigma trouxera avanços na telemática e microeletrônica, prometendo colocar ao alcance da sociedade facilidades nunca antes imaginadas, em termos de bem estarem individual, lazer e acesso rápido, ilimitado e eficiente, ao rico acervo do conhecimento humano. Masuda (1985), autor do Plano Japonês para uma Sociedade da Informação publicada nos anos 70, com uma visão utópica, traria conceitos em que a tecnologia dos computadores teria como função fundamental substituir e amplificar o trabalho mental dos homens permitindo a produção em massa de conteúdo cognitivo, informação sistematizada, tecnologia e conhecimento. A produção de informação pelo próprio usuário ganharia grande espaço e importância na estrutura econômica e o mais relevante sujeito de ação social seria a comunidade de voluntários, não a empresa ou grupos econômicos, e a sociedade não seria hierárquica, mas multicentrada, complementar e de participação. Nas sociedades da informação a democracia participativa substituiria o sistema parlamentar e a regra da maioria e os movimentos sociais seriam a força por trás de mudanças sociais em seu estágio avançado seria uma sociedade de criação de conhecimento. O Globalismo haveria harmonia entre homem e natureza, a autodisciplina e a contribuição social seriam os princípios orientadores dessa sociedade, embora tal utopia tenha seus exageros, encontramos traços semelhantes em formulações que procuraram antecipar a direção das transformações sociais. Curiosamente, Tiffin e Rajansingham  especularam sobre as perspectivas que as novas tecnologias ofereceriam  no campo da educação, os autores chamaram  a atenção para a sala de aula como um “sistema de comunicação que tornaria  possível a um grupo de pessoas juntas estudar   sobre o que desejavam aprender, verem  figuras e diagramas e lerem  textos que as ajudassem à compreensão e construção de conhecimentos. A tecnologia da informação forneceria  um sistema de comunicação alternativo tão eficiente quanto a sala de aula convencional. È preciso reconhecer que muitas das promessas do novo paradigma tecnológico foram e estão sendo realizadas, particularmente no campo das aplicações das novas tecnologias à educação como:  educação à distância, bibliotecas digitais, videoconferência, correio eletrônico, grupos de “bate-papo”, voto eletrônico, banco on-line, comércio eletrônico, trabalho  à distância entre outros.

           A sociedade vem observando com atenção a evolução histórica do novo paradigma da informação, os desafios são inúmeros e incluem desde os de caráter técnico e econômico, cultural, social e legal, até os de natureza psicológica e filosófica. As desigualdades sociais são de populações com baixos níveis de renda per capita nos países em desenvolvimento, assim, refletindo alta taxa de analfabetismo adulto, baixo acesso à educação formal avançada e à tecnologia da informação tanto convencional quanto moderna, grupo em que se enquadram muitos dos países da América Latina e Caribe. As novas tecnologias e seu uso requerem investimentos na elevação das capacidades tecnológicas locais e no desenvolvimento das instituições políticas, culturais, econômicas e sociais. Numa sociedade globalizada em que avança o novo paradigma, a emergência de novas forças de exclusão se dá tanto em nível local quanto global e requer esforços em ambos os níveis no sentido de superá-las. As ações fundamentais nessa direção seriam as que promoveriam o acesso universal, tanto à infra-estrutura, quanto aos serviços de informação a preços acessíveis. E essencialmente, identificar o papel que essas novas tecnologias poderiam desempenhar no processo de desenvolvimento educacional, resolvendo como utilizá-las, de forma a facilitar uma efetiva aceleração do processo em direção a educação para todos, ao longo da vida, com qualidade e garantia de diversidade.

           As novas tecnologias de informação e comunicação tornaram-se parte de um vasto instrumental historicamente mobilizado para a educação e aprendizagem, cabe a cada sociedade decidir que composições do conjunto de tecnologias educacionais mobilizaram para atingir suas metas de desenvolvimento. A UNESCO tem atuado de forma sistemática no sentido de apoiar as iniciativas dos Estados Membros na definição de políticas de integração das novas tecnologias aos seus objetivos de desenvolvimento. Com o Programa Informação para Todos deverá prover uma plataforma para a discussão global sobre a participação de todos na sociedade da informação. As conseqüências éticas, legais e societárias do uso das tecnologias de informação e comunicação como também a estrutura para colaboração internacional e parcerias nessas áreas apoiando o desenvolvimento de ferramentas comuns, métodos e estratégias para a construção de uma sociedade de informação global e justa.

Nesse contexto, as tecnologias poderiam contribuir para o processo de inclusão social estabelecendo bases de igualdades, liberdade de compartilhar entre todos, desvendando-a com transparência e socializando. Seriam fundamentais iniciativas pelo desenvolvimento sustentável, de combate à pobreza e de globalização contra-hegemônica e o combate à exclusão. Faz-se necessário que nosso país invista e apóie mais o uso dos softwares livres, Borges (2005), comentou que software livre não é remédio para todos os males, mas para muitos deles.

Publicado por: Solange Abreu | outubro 16, 2009

Perfil do executivo no mercado globalizado

Perfil do executivo no mercado globalizado

 

 

Simone Echeveste

Berenice Vieira

Débora Viana

Guilherme Trez

Carlos Panosso

 

Revista de Administração Contemporânea

Vol.3 n.2 Curitiba 1999.

 

 

          Os anos 90 presenciaram mudanças no campo da administração a partir do surgimento de novas formas de corporações que incluíram  parcerias estratégicas e redes organizacionais. Com o mercado globalizado caracterizado pela ausência de fronteiras, empresas sem pátria e produtos sem nacionalidade, o acirramento das concorrências e os avanços tecnológicos. Assim viriam à tona, várias teorias informais que desenvolveriam em consonância aos diferentes países com suas várias tipicidades econômicas, políticas e sociais procurando incorporar normas seletivas de investimento, levando em consideração condições macroeconômicas de mercado recursos e estabilidade econômica. Essas empresas transnacionais desenvolveram um entendimento mais sofisticado das diferenças culturais que marcaram suas interações no ambiente global. Desse modo colaborando para a formação de um novo perfil dos executivos. O objetivo dessa pesquisa seria traçar o perfil do administrador, como “ator” importante, no cenário das organizações, dentro de um ambiente marcado pela velocidade das mudanças, enfocando novas diretrizes para sua atuação, impondo uma renovação das qualificações que se fariam necessárias para gerir negócios nesse novo cenário que se formou e que difere o que antecedeu. O fundamental dessa pesquisa foi resumido nas palavras de Hesselbein, Goldsmitche e Beckahardem em 1996, quando disseram que, a despeito da crença de que a liderança era algo inato, deveria e poderia ser aprendida. Dessa maneira as habilidades e atitudes adequadas deveriam ser identificadas e desenvolvidas para o alcance de uma administração eficaz e contemporânea da nova ordem econômica. A configuração desse novo panorama sócio-econômico, segundo Adler (1998) seria fruto de um processo histórico de transformação do mercado, as empresas vivenciaram quatro estágios de operação: nacional, internacional, multinacional e finalmente global e em cada uma dessas fases a abordagem da administração adquiriria novos contornos, pois a estratégia competitiva, a oferta de bens e serviços se alterou. Esse novo desafio afetou  a área de recursos humanos com a  responsabilidade de exercer a liderança da transformação, interagindo com funcionários de todos os níveis, transformando-os em agentes de mudança conscientizando-os e habilitando-os para o novo ambiente de trabalho que emergiu.A globalização compreendida com o processo social genuinamente transnacional trouxera uma reformulação no perfil do executivo, exigindo que repensassem e reenquadrassem  seus papéis como pensadores estratégicos, gerentes sistêmicos e especialistas transculturais, capazes de atender às necessidades de uma força de trabalho  para um mercado global. As empresas da Era da Informação e do Conhecimento buscam profissionais que se encaixem nesse novo perfil; inovadores criativos com habilidades e conhecimentos, assim reformulados sejam aptos a sustentar vantagens competitivas.

          Do ponto de vista das pesquisas que aconteceu em duas fases: exploratória e quantitativa, composta pelos executivos de empresas de quatro grandes estados do Brasil, o que se pretendia seria realizar uma análise comparativa dos executivos das empresas industriais de acordo com cada setor de transformação dos Estados, sobre o grau de importância dos atributos e do perfil do administrador no mundo globalizado. Além disso, procurou identificar como eles caracterizavam o ambiente empresarial e o papel do executivo nesse contexto. Dessa forma os envolvidos nessa pesquisa puderam contribuir com os atributos referentes ao perfil do executivo considerados mais importantes que foram: integridade, capacidade de liderança e visão estratégica, ética no trato das questões profissionais, capacidade e negociação, atitude proativa empreendedorismo, motivação, habilidades no trato interpessoal coordenação de trabalhos em equipe tendo com máximo de relevância as expressões resolvedor de problemas e desenvolvedor de pessoas. O desafio que se impõe é a reflexão contínua pelos profissionais de administração sobre o papel e o perfil da força de trabalho na organização buscando os requisitos do mercado mundial.

 

Esta pesquisa abre um leque sobre o perfil do executivo, lembrando que todos os registros moldam o caminho a seguir, principalmente o de posicionar-se diante deste grupo. Quanto menos parcial for nossa percepção, maiores chances temos de nos aproximar do ‘’todo’’, melhor entendermos essa nova realidade, se ainda formos flexíveis e procurarmos rever nossa percepção, chegaremos a novos aprendizados.

Publicado por: Solange Abreu | outubro 16, 2009

Alinando Estratégia e Competências

Alinhando Estratégia e Competências

 

 

 

Maria Tereza Leme Fleury

FEA-USP

 

Afonso Carlos Correa Fleury

FEA-USP

 

 

 

          Diversos trabalhos vêm analisando o tema competência em seus diferentes níveis de entendimento e aplicação no contexto organizacional. Procurando responder as questões; qual a relação entre competências organizacionais e estratégias competitivas nas empresas, se haveria diferenças entre empresas que trabalham em cadeias produtivas e empresas situadas em outros níveis diferentes e quais seriam as implicações dessa inter relação –estratégia e competências – para ações da gestão dos recursos humanos. Estruturado em partes esse trabalho nos guiará pelas experiências apresentando conceitos em seus vários níveis de compreensão, elaborando um modelo de análise. Ao alinhar a estratégia competitiva, as competências nas organizações, procuraram construir um modelo sustentável ao processo da formulação das estratégias e ao desenvolvimento de competências. Consideraram que em cada empresa as competências essenciais estariam relacionadas a três áreas ou funções: Operações, Produtos/Serviços e Vendas/Marketing, As demais funções seriam de apoio: finanças, tecnologia de informação e gestão de recursos humanos. Essa modalidade poderia ser utilizada, tanto para empresas industriais, quanto de serviços, ressaltando a característica de inter relação entre os diversos níveis de competência, sendo uma relação de mão dupla estabelecida entre eles. A escolha estratégica seria feita a partir de um mapeamento dos recursos e de competências organizacionais e da analise do ambiente, sendo formadas a partir de competências individuais na utilização e exploração dos recursos organizacionais.

          Estudos realizados na área de telecomunicações, setor que passou por profundas transformações em quase todo o mundo, da “velha” indústria de telecomunicações em meados da década de 80, onde foi desmontada e extinta o monopólio dos países como: Japão, EUA e Reino Unido a onda de liberalização que atingiu a Europa e os países da America Latina, nos mostrando que a evolução da tecnologia teve um papel de extrema importância, originando a indústria de info-comunicação. Durante a transição de um modelo para o outro, houve redefinições de papéis e fronteiras que se tornariam cada vez mais nebulosas. O caso apresentado da indústria de telecomunicações no Brasil procurou ilustrar como as empresas desse setor vêm definindo suas estratégias e competências organizacionais num cenário turbulento, pós-privatização. Observaremos que estas empresas operadoras segmentaram o mercado de acordo com três tipos de clientes/serviço, seriam eles: serviço de massa, loja de serviços e serviços profissionais o comportamento dessas empresas em termos de definição de estratégias e competências seriam avaliados segundo essa tipologia. Nos serviços de massa as empresas em sua relação com clientes e mercados seguem o modelo da Excelência Operacional em atividades de marketing de massa e Call Center estruturado a partir de uma rígida lógica de tempos. O mercado de lojas de serviços subdividido, atendendo as demandas variadas: clientes individuais, residências, neste modelo a função de marketing ,assume um papel critico, tendo como principal encargo a identificação de perfis de clientes para que as escolhas por novos “produtos” possa ser otimizada, reduzindo os riscos do investimento associados aos lançamentos. A estratégia seria direcionada ao mercado corporativo considerado incipiente e o mais promissor com o objetivo de criar soluções e sistemas para demandas de grandes clientes. Esse tipo de serviço requer um conjunto de competências completamente diferente em termos de administração, assemelham-se às de uma consultoria, equipes e trabalhadores da linha de frente precisam conhecer profundamente o negocio do cliente e o potencial de aplicação das telecomunicações. Desse modo, o papel dos recursos humanos na gestão das competências assumiu um papel importante, cuidando com mais propriedade de atrair, manter e desenvolver as competências necessárias a realização dos objetivos organizacionais, nesse contexto complexo envolvendo a negociação de interesses.

           O modelo proposto foi referência importante para análise das mencionadas estratégias e competências organizacionais das empresas pesquisadas, em diferentes partes da cadeia produtiva, o uso da tipologia, segmentado o mercado/produto em serviços de massa, loja de serviços e serviços profissionais, possibilitou evidenciar as competências necessárias aos fornecedores de equipamentos, objetivo proposto no estudo. Um ponto considerado relevante foi o da dificuldade que as empresas teriam no alinhamento de competências e estratégias. No discurso dos dirigentes essa premissa foi colocada como imperativa, as dificuldades para a operacionalização revelaram severas na indústria de telecomunicações em que a velocidade e a direção das mudanças são de difícil previsão. Seria necessário desenvolver competências ou reorganizar-las antes de passar as mudanças nas orientações refletindo a atuação do RH, área que vem ganhando espaço organizacional, participando das decisões estratégicas e investindo na definição de novas políticas e praticas de gestão. Ainda que, as colocações inicias que observamos estejam pautadas pela versão hard de garantir apenas alinhamento estratégico aos objetivos organizacionais e competência individual adotado no sentido de agregar valor à organização e pouco trabalhado pessoas. Percebemos um modelo de gestão de competências em construção colocando aos pesquisadores desafios teórico e aos profissionais o desafio da ambigüidade entre discurso e pratica.    

 

Diante da diversidade de conceitos apresentados acima, para o sucesso das empresas organizacionais o desenvolvimento de pessoas é uma clara necessidade de negocio. Buscando uma intervenção no sistema humano: alinhar estrutura organizacional, estratégia, valores e capacidade. A possibilidade de se compreender natureza humana e trabalho a análise de Potencial é uma possibilidade de alavancar a performance do negócio, muito além dos perfis de cargo até então praticados.

Publicado por: Solange Abreu | outubro 16, 2009

Resenhas-Construindo conceito de competências

Construindo o Conceito de Competência

 

Maria Tereza Leme Fleury

Afonso Fleury

 

 

          Nos últimos anos, o tema competência entrou em pauta das discussões acadêmicas e empresariais, associado a diferentes níveis de compreensão: individual, organizacional e dos países. O objetivo deste texto seria recuperar o debate teórico a respeito da noção de competência, estabelecendo o diálogo entre a literatura americana e européia explicitando os seus vários níveis de compreensão, elaborando um modelo, relacionando-o as estratégias organizacionais e ao processo de aprendizagem visando ao desenvolvimento de competências. Na década de 70, Mac Clelland definiria competência em três aspectos: aptidões (talento natural que pode ser aprimorado), habilidades (demonstração de talento particular na prática) e conhecimentos (os que as pessoas detinham para desempenhar uma tarefa). Ainda, nos anos 80, justificava-se alto desempenho acreditando que era fundamentado na inteligência e personalidade das pessoas, era percebido como estoque de recursos que o indivíduo detinha e o conjunto de tarefas pertinentes a um cargo. Nesta linha de pensamento era apenas um rótulo mais moderno, próprios do modelo taylorismo e fordismo, modelo que já não atendia as demandas de uma organização em um mundo globalizado. Entretanto, nos anos 90 o conceito de competência procurava ir além, na literatura francesa, o trabalho se tornaria o prolongamento direto da competência que o indivíduo mobilizava em face da sua situação profissional cada vez mais mutável e complexa. No Brasil o debate emergiu na discussão acadêmica fundamentado inicialmente na literatura americana, pensando em competência como algo que o indivíduo detinha. Na  perspectiva   adotada neste trabalho a competência do individuo não era um estado, não  se reduziria   a um conhecimento específico, estaria  associada a integração dos saberes múltiplos e complexos, ao aprendizado, ao engajamento, as atitudes responsáveis, a visão estratégica, agregando as organizações valor econômico e social ao indivíduo. Rebatendo as discussões Durand em 98, asseverava que nos tempos medievais, os alquimistas procuravam transformar metais em ouro; os gerentes e as empresas hoje procuram transformar recursos e ativos em lucro. Uma nova forma de alquimia se fazia necessária às organizações que nada mais seria a “competência”. Os artigos de Prahalad e Hamel em 1990 despertaram o interesse de profissionais das empresas e pesquisadores sobre suas teorias, que “competência“ para ser a chave deveria responder a três critérios: oferecer reais benefícios aos consumidores; ser difícil de imitar e prover acesso a diferentes mercados. Seria a capacidade de misturar, combinar e integrar recursos em produtos e serviços. Nesta linha de abordagem, a organização, situada em um ambiente institucional, definiria suas estratégias e as competências necessárias para implementá-las num processo de aprendizagem permanente criando assim um círculo virtuoso. O processo de aprendizagem e competências percorreriam o caminho que vai da aprendizagem individual, para aprendizagem em grupo e para a aprendizagem organizacional. No nível do indivíduo este processo de aprendizagem seria carregado de emoções positivas e negativas, através de caminhos diversos. No nível de grupo poderia ocorrer um processo social e coletivo: para compreendê-lo melhor, seria necessário observar como o grupo aprenderia ,combinando conhecimentos e as crenças individuais interpretando-as e integrando-as em esquemas coletivos partilhados, podendo constituir orientações para ações e o desejo de fazer parte do grupo, fator motivacional no processo de aprendizagem. E no nível organizacional o processo de aprendizagem individual de compreensão e interpretação partilhadas pelo grupo se tornaria institucionalizado e expresso em diversos artefatos como: na estrutura, no conjunto de regras e procedimentos e elementos simbólicos. As organizações teriam sistemas cognitivos e memórias que desenvolveriam rotinas, procedimentos relativamente padronizados para lidar com problemas internos e externos.

          Portanto, é por meio desses processos de aprendizagem que as organizações desenvolvem as competências essenciais à realização de suas estratégias de negócio. Assim, este artigo foi de extrema importância, contribuindo para uma melhor compreensão do conceito de competência em construção e lança luz sobre um aspecto importante: se por um lado agrega valor econômico à organização, por outro lado agrega valor social ao individuo a partir do momento que o individuo desenvolve competências essenciais a organização estará investindo em si mesmo como cidadãos organizacionais, do próprio país e do mundo. 

 

O Conceito de competência ficou bem explicito no texto, não seria apenas um saber fazer, mas também um saber pensar e agir mais significativo e comprometido. O grau de envolvimento das pessoas com projetos, objetivos coletivos está diretamente relacionados com a maneira como os valores e crenças são manejados. Buscando um entendimento entre os saberes nos permitindo a otimização no processo de construção do conhecimento.

Publicado por: Solange Abreu | outubro 12, 2009

Aracruz Celulose e sua relação com o meio ambiente e social

ARACRUZ CELULOSE: SEUS IMPACTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS DESASTROSOS

 

 

Em 1976, Segundo O cientista Augusto Ruschi ,O maior naturalista capixaba anunciou uma besta do apocalipse que afetaria o campo. Melhor, que o eucalipto transformaria grande parte do que restava da Mata Atlântica capixaba em Deserto Verde.  Atualmente, o Deserto Verde ocupa uma área de 220 mil hectares – projeção para poucos anos -, ocupando não só o que era Mata Atlântica, como também o melhor das terras para agricultura e pecuária. Aracruz Celulose é, no ramo da degradação, uma campeã a preço de ferro e fogo, tomando terras de quilombolas, índios e pequenos proprietários e  também de dinheiro, comprando terras, a maioria a preço de banana, através de testas de ferros. Por processos engendrados nos bastidores do poder, merecedores de investigação pelos fiscais da Lei, a Aracruz Celulose conseguiu autorização do Poder Público estadual para aumentar o seu plantio. E ao atender o clamar dos ambientalistas, o deputado e ambientalista Nasser Youssef (PPS) propôs que, antes que o plantio autorizado fosse feito, se realizasse o zoneamento agrícola e ambiental do Estado, para saber o que poderia – ou não – ser empregado para produção de mais eucalipto. A Lei 252/01 foi vetada. Ao se lançar contra o projeto aprovado pela Assembléia Legislativa, a Aracruz Celulose se deparou com o movimento social altamente organizado, que atendeu em massa à solicitação de discutir no Seminário Internacional Sobre Eucalipto e Seus Impactos, as conseqüências de tais plantações. A poluição de sua fábrica, que praticamente iria dobrar a produção, afetaria  com doenças respiratórias todas as crianças indígenas e seus pais que  já haviam perdido suas terras para a  empresa havia tomado 30 mil hectares deles. Os pescadores não poderiam mais sair para o mar, pois as barras dos rios estavam fechadas. Os agricultores não têm terras para trabalhar e mesmo que tivessem, não teriam água para irrigar seus plantios. O eucalipto secou muitas de suas nascentes e até rios. A besta anunciada por Augusto Ruschi cresceu desmedidamente. Mas está sendo enfrentada pelos orgulhosos seguidores do cientista. Eles mantêm a sociedade informada, mesmo com a omissão da chamada grande imprensa. Com a denominada Carta de Vitória, chamam a atenção das autoridades, pois trouxeram para a discussão de toda a sociedade, através do Movimento dos Sem Terra (MST), índios, quilombolas, técnicos, cientistas e políticos.

 

 

Fonte: Revista Século Diário

www.seculodiario.com/Aracruz

 

 

 

Aracruz nos dias atuais

Em março de 2009 um alerta para a sociedade que vem da Bahia: confiram na íntegra…

 

Para a sociedade civil o governo da Bahia confirma o que o Padre José vem afirmando ao longo dos anos: que o extremo sul é refém das empresas de celulose. Antes bem disfarçadamente o governo defendia e apoiava. Agora, não tem disfarce. Desde os convites do Instituto de Meio Ambiente (IMA) para a oficina onde deveria ser ‘discutida’ a expansão da empresa Veracel Celulose. Dos presentes, poucos não faziam parte da cadeia ligada àempresa de celulose.A maioria dos presentes era de alguma forma beneficiário da empresa. Funcionários diretos; das empresas prestadoras de serviços, fomentados entre outros.Programação já veio definida: duas apresentações do IMA e uma apresentação da Veracel que levou 30 minutos mostrando as vantagens que a empresa trouxe para região: agricultura consorciada com eucalipto, projetos sociais como uma farinheira em União Baiana, município de Itagimirim, cursos de corte e costura em outros municípios e localização das terras onde devem ser alvo dos novos plantios de eucalipto: região sul da Bahia e mais 2978 novos postos de trabalho.

Mas as poucas pessoas presentes não se conformaram e diante de muita resistência a diretora do IMA abriu espaço para que a sociedade pudesse participar. Foram questionadas desde a manipulação dos convites pela empresa até a programação imposta. Lucas Leite, vereador do município de Eunápolis afirmou que em visita feita pelos membros da Câmara de Vereadores, a convite da empresa poucos dias antes, ele teve a oportunidade de conhecer a vergonha que a empresa chama de agricultura consorciada com eucalipto, de milho, feijão, mandioca etc. Para Lucas Leite não passa de uma tentativa da empresa de enganar a população, pois, o projeto não tem como funcionar. “Mesmo com muito produtos químicos para adubação, a plantação está raquítica, desnutrida. Com a quantidade de produtos usados para manter a farsa e também os venenos usados na plantação de eucalipto, eu, como engenheiro agrônomo, considero impróprias para consumo.”

O Ministério Público de Eunápolis fez uma observação importante, que a empresa está com as licenças canceladas pela Justiça Federal e que enquanto a ação não for concluída a empresa está atuando ilegalmente. Lembrou também que não existe o Zoneamento Econômico-Ecológico (ZEE) da região, conforme exige a Legislação Ambiental da Bahia. O Zoneamento deveria ser a base para qualquer projeto regional. A Avaliação Ambiental Estratégia que deveria ter antecedido antes do EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental-Relatório de Impacto no Meio Ambiebte) também não está concluído. “Não existe sequer discriminatória do que é área urbana e área rural, o IMA deu uma licença para plantio de eucalipto na Av. Fadini, em Eunápolis. Uma vergonha” conclui o Promotor de Justiça. A presidente da Associação de Moradores do Distrito de União Bahiana (AMDUB), município de Itagimirim, esclareceu aos

presentes que não existe farinheira construída pela Veracel neste município como a empresa tem anunciado. A farinheira foi construída pelo município, no governo de Gildo Gonçalves, com um recurso oriundo de uma emenda parlamentar do deputado estadual Eraldo Rocha. Por enquanto a Veracel cedeu apenas uma área para a comunidade plantar mandioca, através de um contrato de comodato, com duração de três anos, assinado em junho de 2008, cuja cultura

somente foi plantada no mês de novembro de 2008. Portanto ainda não existe produção. Contudo, antes da assinatura do comodato a empresa distribuiu o jornal Semana, nº 31, de 29 de fevereiro de 2008. Em uma das reuniões com a comunidade onde mostrava a produção de goma oriundas desta área o jornal afirmava: “O distrito de União Baiana, localizado no município de Itagimirim, já está colhendo os resultados do projeto Roça do Povo. O projeto está

beneficiando mais de cem famílias pela produção de mandioca e farinha, e foi desenvolvido por meio do programa Formação de Redes Sociais, em funcionamento desde setembro de 2006”. Segundo a presidente, a comunidade foi muito prejudicada com o plantio de eucalipto. “A comunidade ficou isolada pelo eucaliptal e muitos trabalhadores perderam seus postos de trabalho em decorrência da venda de terras. Os produtores e moradores antigos que estão

nas áreas vizinhas com os plantios da empresa já percebem que a água está ficando escassa”.

O representante do MST acusou o estado de conivente e incentivador do plantio de eucalipto. ‘O IMA tem dificultado o processo de reforma agrária no extremo sul. O  IMA tentou impedir que os últimos assentamentos recebessem o dinheiro destinado para construção da nossa agrovila”. E prossegue dizendo que “o governo tem que fomentar as discussões é no sentido de resolver os problemas causados pela monocultura de eucalipto. Tem que pensar e solucionar o problema de centenas de famílias que vivem acampadas nas estradas, embaixo da lona preta, no sol escaldante esperando a reforma agrária acontecer de fato para garantir alimento para seus filhos e filhas.”

E também o representante do Movimento de Luta pela Terra informou aos presentes que a Veracel tem eucalipto plantado em terras reivindicadas pelos índios Pataxós e plantios em terras devolutas. “As terras devolutas, segundo a Constituição Federal Brasileira devem ser destinadas para a reforma agrária, ao invés de beneficiar empresas e grupos estrangeiros”. Ele ressaltou ainda a falta de alimentos produzidos pelos pequenos agricultores neste município e preços altos dos produtos consumidos culturalmente que chegam a Eunápolis de municípios distantes como Vitória no Espírito Santo e Vitória da Conquista. Houve também o depoimento de um ‘fomento’ que descreveu com detalhes as irregularidades que aconteceram em relação ao licenciamento ambiental da sua propriedade. Segundo o senhor Ademar, após assinar o contrato de fomento com a Veracel ela enviou uma empresa terceirizada que fez todo o serviço: desmatou, jogou veneno e plantou o eucalipto. A empresa cuidou do licenciamento ambiental e ele nunca teve acesso a este licenciamento. Seu Ademar só ficou sabendo através da imprensa que a licença da sua propriedade foi cancelada por manipulação do conselho. Até hoje a Veracel não deu nenhuma explicação ou tentou resolver o problema. Por considerar danosa em todos os sentidos, diversas entidades assinaram um documento pedindo a moratória do plantio de eucalipto e NÃO licenciamento para uma nova empresa, a Veracel II. “A expansão desenfreada da monocultura de eucalipto vem provocando também conflitos sócio-ambientais e violações dos direitos humanos como a ocupação ilegal de terras indígenas; ocupação de terras devolutas; o desrespeito aos direitos das populações tradicionais; o agravamento das condições da agricultura familiar e camponesa; a paralisação da reforma agrária; a elevação constante dos preços de terra na região; o crescente números de favelas pelas  populações expulsas para as periferias das cidades onde são obrigadas a sobreviver em condições subumanas; o desabastecimento e insegurança alimentar provocados pela diminuição do número de famílias agricultoras e pela destinação exagerada de terras apenas para a monocultura e, finalmente, a falta de adoção de ações afirmativas para um desenvolvimento sustentável e inclusivo.”Este documento está fundamentado na Constituição Federal Brasileira, artigo 225, que diz: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Mesmo diante de tantas denúncias o governo da Bahia, através do Instituto de Meio Ambiente, continuou com a farsa. À tarde, a oficina contou com da participação de 60% de pessoas ligadas à empresa, 30% de pessoas do governo (municipal e estadual) e apenas 10% da sociedade civil. O Instituto de Meio Ambiente distribuiu um questionário com perguntas conotam a decisão do governo estadual de conceder as licenças solicitadas a qualquer custo, tais como: ‘Que medidas mitigadoras e compensatórias podem ser adotadas em relação aos impactos negativos’. Ou ainda: ‘você como representante de sua entidade, de que modo pode contribuir para o desenvolvimento das ações e acompanhamento do empreendimento’?

No relatório, “Silvicultura de Eucalipto no Sul e Extremo Sul da Bahia: Situação Atual e Perspectivas Ambientais” publicado em dezembro de 2008, o próprio governo admite “a grave falta de governança, pois não há ordenamento nem zoneamento do território; não há coordenação das intervenções públicas relativas aos plantios de eucalipto na região; não

há políticas agrícolas, não há políticas fundiárias, não há controle da legalidade da venda de terras; não há estudos/normas específicas estabelecendo índices recomendáveis de ocupações para as plantações por municípios; não há um mapeamento que proporcione uma visão de conjunto dos conflitos antigos e atuais, nem do status nem do tratamento dados aos mesmos nas esferas administrativas de diversos órgãos atuantes na região ou judiciário. A

impressão que se tem é que as condicionantes das licenças ambientais são percebidas como os únicos instrumentos de governança na região…”

Diante disto, a Rede Alerta Contra o Deserto Verde, repudia o comportamento da Veracel Celulose bem como a conivência e omissão do Estado da Bahia.

Março de 2009.

REDE ALERTA CONTRA O DESERTO VERDE

 

 

 Podemos perceber com este artigo a manipulação da empresa Aracruz juntamente, com a conivência de políticos da região, um capitalismo que destrói desmedidamente favorecendo uma minoria de empresários que tudo fazem na ponta do lápis, onde somente os dólares são destacados. Enquanto não são lembrados os problemas dos índios, agricultores e dos caboclos e sem contar a natureza com sua fauna e flora ,destruição que perdura há pelos menos três décadas .

Publicado por: Solange Abreu | outubro 4, 2009

Trabalho de História-Revolução Industrial e seus aspectos positivos .

REVOLUÇAO INDUSTRIAL: SEUS ASPECTOS POSITIVOS

A Revolução Industrial gerou grandes transformações tanto econômicas quanto sociais que foram essenciais para a evolução da humanidade. Trouxera aspectos muito positivos, podemos citar alguns fatos marcantes como: a passagem da sociedade rural para a sociedade industrial, a mecanização da indústria e da agricultura,o desenvolvimento do sistema fabril com o uso da energia a vapor,o desenvolvimento dos meios de transporte e das comunicações e a expansão do capitalismo que passou a controlar quase todos os ramos de atividades econômicas.Entre as principais invenções surgidas na primeira revolução industrial merecem destaque: a máquina de fiar (1767), o bastidor hidráulico (1769), máquina de fiar híbrida combinação da máquina de fiar com o bastidor hidráulico (1779).

Desse modo,na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra as transformações no processo de produção de mercadorias deram origem ao que se convencionou chamar por 1ª Revolução Industrial. Antes desse processo eram as oficinas artesanais que produziam grande parte das mercadorias consumidas na Europa. Essa fase da Revolução Industrial foi assinalada pelos seguintes fenômenos: – Invenção do tear mecânico e do descaroçador de algodão- Invenção da máquina a vapor, que substitui as fontes tradicionais de energia mecânica, como a roda de água, a roda de vento e a tração animal; – Uso do coque para a fundição do ferro; a produção de lâminas de ferro e a produção do aço em larga escala; – Melhoria no processo de exploração do carvão mineral, com a utilização de máquinas a vapor para retirar a água acumulada nas minas de carvão; – Revolução nos transportes e nas comunicações, com a invenção da locomotiva, do navio a vapor e do telégrafo; – Progressos na agricultura, com a produção de adubos, melhores grades e arados, invenção da debulhadora e da ceifeira mecânica.Além disso,a segunda fase da Revolução Industrial foi marcada pelo aperfeiçoamento na produção do aço, que superou o uso do ferro;o aperfeiçoamento do dínamo; a utilização de novas fontes de energia, como o petróleo e a energia elétrica;invenção do motor de combustão interna;- emprego dos metais leves, como o alumínio e o magnésio;- nova evolução nos transportes, com introdução das locomotivas e dos navios a óleo, invenção do automóvel, do avião, do telégrafo sem fio, do rádio e da televisão;- introdução de máquinas automáticas, permitindo a produção em série e provocando um grande aumento na produção. O período do Renascimento (sécs. XV e XVI) vários desenvolvimentos no campo científico. Copérnico, propôs a teoria heliocêntrica. Kepler mostrou que os astros se movimentam em elipse no espaço. Leonardo da Vinci estabeleceu vários projetos que só se tornaram possível mais tarde com o desenvolvimento tecnológico. Newton trouxe a teoria da gravitação universal e Galileu, com suas observações do espaço celeste ratificou a tese heliocêntrica de Copérnico. O desenvolvimento verificado nesse período foi fundamental para sepultar antigas crenças místicas apregoadas pela Igreja Católica que impediam o livre impulso para o desenvolvimento tecnológico. É necessário dizer que todo o desenvolvimento técnico sempre esteve relacionado com outros aspectos da história humana. No mesmo momento em que acontecia a Revolução Industrial, as transformações políticas e econômicas na Europa se davam igualmente de maneira muito rápida. Novas ideologias revolucionárias presentes na Declaração de Independência dos EUA (1776) e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) tiveram enorme influência na mentalidade dos homens da época. Era o liberalismo político e econômico apresentando-se tal como definiu o conjunto das idéias iluministas.Durante o século IX acontecimentos na Europa e nos EUA vão significar um rápido progresso e crescimento industrial. A vitória do Norte (industrializado) sobre o Sul (agrícola) na Guerra de Secessão (1861-1865), nos EUA; a unificação italiana (1870), a unificação alemã (1870) e Era Meiji no Japão, contribuíram para generalizar a Revolução Industrial, que anteriormente se restringia basicamente à Inglaterra e França.

Portanto,a Revolução Industrial teve aspectos muito positivos, foi um processo que influenciou toda a humanidade, trazendo desenvolvimento com os avanços industriais, científicos,tecnológicos e sociais.

Publicado por: Solange Abreu | outubro 2, 2009

OS SONS DA FLORESTA

    Um Rei mandou seu filho estudar no templo de um grande mestre com o objetivo de prepará-lo para ser um grande administrador. Quando o Príncipe chegou ao templo, o Mestre mandou-o sozinho para a floresta, com a recomendação de que voltasse um ano depois e descrevesse todos os sons da floresta.
 
    Passado um ano, o Príncipe retornou para descrever os sons de tudo aquilo que conseguira ouvir.
   Disse o Príncipe: “Mestre, pude ouvir o canto dos cucos, o roçar das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus”.
 
    Ao terminar o seu relato, o Mestre pediu-lhe que retornasse à floresta para ouvir tudo o mais que fosse possível.
 
    Apesar de intrigado, o Príncipe obedeceu à ordem do Mestre pensado lá com seus botões dourados…: “Mas eu já distingui todos os sons da floresta! Por dias e noites ficou sozinho na floresta ouvindo, ouvindo, ouvindo… e não conseguiu escutar nada de novo além dos sons já mencionados ao mestre”.
 
OS SONS DA FLORESTA
 
    Então, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo que já ouvira antes. Quanto mais atenção prestava, mais claro os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz.
 
    “Ah, esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse”, pensou ele. E, sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo pacientemente. Queria ter a certeza de que estava no caminho certo.
 
    Quando retornou ao templo, o Mestre perguntou-lhe o que mais conseguira ouvir. Paciente e respeitosamente, o Príncipe respondeu:
 
    Mestre, quando prestei mais atenção, pude ouvir o inaudível som das flores se abrigando, o som do sol aquecendo a terra e o som da grama bebendo o orvalho da manhã”.
 
    Apenas quando aprende a ouvir o coração das pessoas, os sentimentos mudos, os medos não confessados, as queixas silenciosas, pode um administrador inspirar confiança a a seus liderados, entender o que está errado e quais são as suas reais necessidades. 
 
   A morte de uma empresa começa quando seus líderes ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem mergulhar a fundo na alma das pessoas para ouvir seus sentimentos, desejos e opiniões reais.
 
   É preciso, portanto, aprender a ouvir o lado inaudível da qualidade, o lado não mensurado da quantidade que é o ser humano, lembrado que atrás de uma máquina tem uma pessoa com sentimentos, angústias, medos, desejos e preocupações.
 
  Com esta parábola homenageamos os grandes líderes´.
 
Contos:Sufi de Narundim

Publicado por: Solange Abreu | setembro 30, 2009

QUEM SOU EU

Sou estudante do curso Técnico de Administração Empresarial no CESEC
de BH MG,atualmente sou servidora pública ,trabalho na saúde. Trabalhei muitos no comércio setor joalheiro área de vendas,tenho certificação de vitrinista pelo Senai,atuei também em vendas moda feminina,telemarketing, entre outras funções.Gosto de estar atualizada ,leio artigos variados,livros desde romances a auto ajuda e filmes em geral, procuro estar afinada com as novidades

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